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Mostrando postagens de maio, 2010

Uma gota

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UMA Uma got a. Uma gota d' água tem muito a e xplicar: Como a água nasc e da terra e dela agora passará s em pre a jorrar. Como pelo sol vaporiza e tom a conta do ar, formando alguma nuvem, para cinzenta ela ficar. E depois num raio o c éu todo clarear, e toda água vir a desabar, para a terr a árida fecunda molhar, e assim num ciclo incess ante, realmente belo. Até um dia, quando pela irresponsabilidade humana, o homem gra nde sede sentir este ouro poderá não mais existir. Nossa torneira seca estará. Então não haverá só gota para explic ar. GOTA

Um pouco de poesia...

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H Á H á um homem estendido no chão, No chão da vida, como semente. H á uma multidão estendida no chão, No chão do mundo, sementes dormentes. H á uma apontada arma na mão, Na mão do opressor, como açoite. H á uma multidão com sangue na mão, Na mão do mundo, açoite na noite. Há uma causa pronta na manifestação, N a manifestação da ideia, como voz. Há uma boca repleta de manifestação, N a manifestação do mundo, voz do algoz. Há uma lança afiada cravada no peito, N o peito aberto, como guerreiro. Há uma razão alada dentro do peito, N o peito do mundo, guerreiro prisioneiro. Há uma controversia na argumentação, Na argumentação do ego, como lição . Há uma contradição naquela argumentação Na argumentação débil, lição de humilhação . Há um fim posto em toda visão . Na visão do mundo, como último ponto. Há a ausência da ânima naquela visão. No visão do tudo, conto do ponto .

No dia das mães...

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"O amor de mãe é o combustível que permite a um ser humano fazer o impossível." Marion Garretty M emória s (Parte I) O poeta cantou em seus versos que mãe não deveria morrer. Acredito, porém que ela jamais morre quando se tem guardada na mente e no coração as melhores recordações, as lembranças mais fraternais e as memórias plenas de carinho. Esse carinho não necessariamente deve acontecer por muitos abraços e tantos outros beijos, também por estes, mas sim por gestos que na sua essência expressam, ainda que da forma mais peculiar possível, ternura. Uma ternura que faz aquecer o coração dos filhos, que os conduz muito tempo depois a refletirem sobre tudo o que passou, admirando então a maciez das pétalas quando só percebiam os espinhos que as cercavam, afinal, ternura é sinônimo de amor, e amor não significa facilidade. Voltando às memórias, elas são algo profundamente íntimo. Todos possuem as suas, das mais particulares àquelas públicas, mas sempre com aquele quê de secreto

O som do tempo

Ouço vozes. Ouço nada. Talvez tudo e um pouco mais. Nas ondas sonoras embaladas pelo vento, há uma música simplesmente peculiar. Soa como ofensa aos apressados, tranquilidade para os sãos. Inaudível tantas vezes, eloquente em outras. Incessante ritmo. Simples assim. Um tic. Um tac. Vida. Fim. Ou começo. Da areia que cai. Do som que não para. Da ampulheta a ser invertida. Do ritmo frenético das pernas pálidas. Esperando o esperado, julgando o futuro. E o fim encontrando o começo, nos perdemos. Na vibração desta música, que não cessa. A morte. O ser volta a ser, na plenitude de sua existência. O Belo.