Para Géssica, Bianca, Karine, Laryssa, Larissa, Luiza, Mariana, Milena, Rafael, Samira e tantos outros inocentes... Desalento no Realengo Era um campo florido, promissor tapete de cores e brilho. Pétalas que foram levadas pelo vento, no desalento do Realengo. Havia no princípio a esperança, na normalidade do que parecia não mudar. Um ceifeiro que não pensou em ser lento, no desalento do Realengo. Quem era inocente será noutro lugar, e o criminoso no hiato do não ser. Sem lógica cabível em todo momento, no desalento do Realengo. As razões sejam jogadas ao ar, e tantas quintas-feiras sangrentas. Soa um melódico canto violento, no desalento do Realengo. Um ínfimo ode em poucas linhas, notas tristes, impotentes, cruentas. Marcadas e marcantes feridas no sentimento, no desalento do Realengo. Se era um campo florido, passou a ser apenas de seco escarlate. Abrindo margem ao tempo, atento, para não se repetir novos desalentos em outros Realengos.