ENEM
Nos dias 05 e 06 de dezembro aconteceu o Exame Nacional do Ensino Médio. Querendo inovar na forma de avaliar os candidatos ao ensino superior, o Ministério da Educação errou mais uma vez. Ao propor um “novo” ENEM, tudo não passou de um teste de resistência, e não de raciocínio ou conhecimento como era a intenção, ao nos lançar um número de questões desproporcionais ao tempo, sem comentar a sua credibilidade em queda – basta ver os índices de abstenção.
Fica aqui meu protesto, que se une às manifestações de milhares de candidatos. Não é assim que se faz uma educação de qualidade. E todos nós sabemos que para um país melhor, melhor deve ser, primeiramente, a educação.
Transcrevo aqui a redação que escrevi no ENEM, acerca do amplo tema: “O indivíduo frente a ética nacional” (apresentando proposta de ação social). Com o espaço limitado, tentei inculcar nestas linhas certa acidez frenquente neste blog. Temeroso para não sair dos parâmetros exigidos, não sei se consegui.
Fica o espaço livre para vossas correções, apontamentos e observações. Qualquer semelhança desta redação com outros artigos aqui já publicados, são semelhanças que partiram de uma mesma mente.
Fica aqui meu protesto, que se une às manifestações de milhares de candidatos. Não é assim que se faz uma educação de qualidade. E todos nós sabemos que para um país melhor, melhor deve ser, primeiramente, a educação.
Transcrevo aqui a redação que escrevi no ENEM, acerca do amplo tema: “O indivíduo frente a ética nacional” (apresentando proposta de ação social). Com o espaço limitado, tentei inculcar nestas linhas certa acidez frenquente neste blog. Temeroso para não sair dos parâmetros exigidos, não sei se consegui.
Fica o espaço livre para vossas correções, apontamentos e observações. Qualquer semelhança desta redação com outros artigos aqui já publicados, são semelhanças que partiram de uma mesma mente.
O exemplo que não vem.
Um velho ditado latino que se tornou parte do vocabulário e da sabedoria popular diz que um exemplo move mais que diversas palavras. E de fato, é na cultura do povo que encontramos respostas às nossas próprias interrogações quando nos colocamos diante de intrigantes fatos sociológicos, como por exemplo, a situação do ser humano do hoje frente a ética e a moral.
É necessário, primeiramente, saber o porquê dos homens estarem afundados em uma inércia, um acomodamento assustador para que soluções sejam desenvolvidas e atitudes sejam tomadas. E para isto, basta voltar os olhos à história, fiel testemunha e cúmplice ocular. Não será difícil perceber que o povo acabou tornando-se refém dos benefícios dos governantes, dos mesmos que subestimam os governados, subjugando-os. Assolados por uma onda de populismo, onde medidas insuficientes são maquiadas de grandes realizações, o povo acomodou-se com uma política que venda os olhos e nos faz lembrar o “pão e circo” dos romanos.
Contudo, agrava essa situação quando se torna fácil cometer atos ilícitos: desviar, extorquir, roubar, superfaturar tornou-se tão comum quanto corriqueiro. Assim, a classe alta torna-se passível de tentação, pois está próxima do caixa público e a classe pobre vira vítima de um comodismo até certo ponto justificável do “rouba, mas faz”. E a classe média, de onde vieram os saudosos cara-pintadas do fim do século passado, está acometida pela falta de exemplo e também pelo acomodamento originário das facilidades de um mundo que está a um clique de distância e modernizando-se a cada minuto.
Mas então, qual seria a proposta para solucionarmos isso? Esta deveria partir da conscientização individual dentro de uma coletividade instruída por uma nova cultura, a partir de uma reforma política e educacional séria e irrestrita, e, sobretudo, de exemplos imaculados à nossa frente, guiando-nos, como verdadeiros líderes. Todavia, não encontramos, como não temos, aquilo de que mais carecemos. Somos levados a crer que propostas não são prenúncio de solução, e que nem ao menos a boa intenção é sinal mínimo de efetiva transformação.
A solução está na consciência, do povo, com o povo e para o povo, o mesmo que possui uma rica cultura inata. Mas fazer essa consciência despertar, fazer brotar essa semente do discernimento parece a essa altura missão impossível. Se a ciência dos homens não apresenta solução, resta-nos apelar ao além do físico. Talvez o transcendente, como suplicantes que somos, nos ajude.
É necessário, primeiramente, saber o porquê dos homens estarem afundados em uma inércia, um acomodamento assustador para que soluções sejam desenvolvidas e atitudes sejam tomadas. E para isto, basta voltar os olhos à história, fiel testemunha e cúmplice ocular. Não será difícil perceber que o povo acabou tornando-se refém dos benefícios dos governantes, dos mesmos que subestimam os governados, subjugando-os. Assolados por uma onda de populismo, onde medidas insuficientes são maquiadas de grandes realizações, o povo acomodou-se com uma política que venda os olhos e nos faz lembrar o “pão e circo” dos romanos.
Contudo, agrava essa situação quando se torna fácil cometer atos ilícitos: desviar, extorquir, roubar, superfaturar tornou-se tão comum quanto corriqueiro. Assim, a classe alta torna-se passível de tentação, pois está próxima do caixa público e a classe pobre vira vítima de um comodismo até certo ponto justificável do “rouba, mas faz”. E a classe média, de onde vieram os saudosos cara-pintadas do fim do século passado, está acometida pela falta de exemplo e também pelo acomodamento originário das facilidades de um mundo que está a um clique de distância e modernizando-se a cada minuto.
Mas então, qual seria a proposta para solucionarmos isso? Esta deveria partir da conscientização individual dentro de uma coletividade instruída por uma nova cultura, a partir de uma reforma política e educacional séria e irrestrita, e, sobretudo, de exemplos imaculados à nossa frente, guiando-nos, como verdadeiros líderes. Todavia, não encontramos, como não temos, aquilo de que mais carecemos. Somos levados a crer que propostas não são prenúncio de solução, e que nem ao menos a boa intenção é sinal mínimo de efetiva transformação.
A solução está na consciência, do povo, com o povo e para o povo, o mesmo que possui uma rica cultura inata. Mas fazer essa consciência despertar, fazer brotar essa semente do discernimento parece a essa altura missão impossível. Se a ciência dos homens não apresenta solução, resta-nos apelar ao além do físico. Talvez o transcendente, como suplicantes que somos, nos ajude.
Cornélio Procópio, 06 de dezembro de 2009
Edvaldo Betioli Filho
Noviço da Sociedade do Apostolado Católico
Noviço da Sociedade do Apostolado Católico
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