O apóstolo da juventude


Você conhece São Vicente Pallotti?

O jovem sacerdote
Caros amigos! No mês que passou pudemos contemplar com grande alegria a primeira subida de São Vicente Pallotti ao altar, no dia 16 de maio de 1818, depois de um longo período de preparação para receber o sacramento da Ordem. A partir deste momento, o jovem Vicente já faz parte do clero, e sua vida apostólica já está fortemente ativa.
A Ordenação Sacerdotal deixou o padre Vicente cheio de fervor. Alguns meses depois, em 1819, reconhecia ainda que o Espírito de Deus recebido então, lhe proporcionava graças abundantes, capazes de produzir frutos para o bem do próximo. De fato, a fecundidade de um trabalho pelo Reino de Deus só pode ser efetiva na medida em que grande é a união com o próprio Deus. E assim era com Vicente.
Duas coisas suscitam grande admiração pelo jovem padre Vicente: a incansável dedicação em ser apóstolo e servir a Deus e o vivíssimo espírito sacerdotal, curador de almas. Exortava, antes de tudo, a rezar em sentido apostólico, para a glória de Deus e a salvação das almas. Recomendava aos outros sacerdotes que rezassem pela conversão dos pecadores e também dava muito valor às orações dos religiosos e religiosas. Para Vicente, era necessário rezar muito, pois as necessidades aumentavam sempre mais.
Juntamente com a profundíssima vida de oração, Vicente vivia uma vida de caridade, pois o amor é a forma de todas as virtudes. O motivo que o impelia a trabalhar pelo bem do próximo era o mesmo que invocava para o respeito e o amor para com todos: o fato de ser cada qual imagem de Deus. A sua caridade, já nos primeiros anos de sacerdote, foi heróica, disposta a morrer pelo próximo. Declarou Vicente ao companheiro Casini: “Amo-o de tal forma em Jesus Cristo, que, para salvá-lo, estou disposto até a perder a vida, creia-me!” (OCL I, 108).
Nos primeiros anos depois da ordenação sacerdotal, formou-se em torno de Pallotti um pequeno grupo de padres e clérigos, consagrados a vários ministérios, em favor dos meninos de Santa Maria del Pianto. O senso de fraternidade e de indiscutível liderança foram importantes no desenvolvimento da personalidade de Vicente Pallotti.
Entre o padre Vicente e alguns de seus colaboradores surgiu uma Liga ou União Antidemoníaca. O jovem Pallotti queria que todos os companheiros de filiassem à Pia União da Imaculada, recebendo o respectivo escapulário, para que a luta contra o demônio se desenvolvesse sob a proteção de Maria Imaculada. Queria uma guerra sem trégua contra o maligno, suprimindo as ocasiões públicas de pecado. Estava convencido de que estátuas e representações de nus podiam ser origem de inumeráveis pecados.
Em 04 de março de 1819, quase um ano e dois meses depois de sua Ordenação, foi nomeado professor suplente de Teologia na Universidade Sapienza, encarregando-o como mediador dos estudos e debates teológicos dos alunos. Conforme analisaram seus amigos, “juntavam admiravelmente no padre Vicente duas coisas não fáceis de se encontrarem juntas na mesma pessoa: uma piedade muito grande, unida a uma ciência eminente que resultava em grande utilidade”.
Todas estas atividades: rezar a Missa, atender confissões, visitar enfermos, auxiliar os jovens de Santa Maria del Pianto e ser mediador da Academia da Sapieza, pareciam pouco diante de suas energias e de sua vontade de ajudar o próximo. Em 1819, começou a pregar a noite, à gente da praça. Foi um novo modo de levar a Palavra de Deus às pessoas. Bem depressa, o padre Vicente passará a ocupar-se de outro centro de apostolado: a direção espiritual de um oratório.
Enfim, a atividade apostólica do padre Pallotti, com os anos, foi se tornando sempre maior. Parecia que nada o contentava quando o trabalho era pelo Reino de Deus. Por isso, não cessaremos de acompanhar juntos a vida sacerdotal e o trabalho apostólico do padre Vicente. A partir do nosso próximo encontro, nos contemplaremos os sofrimentos que nosso santo encontrou em seu caminho. Até lá!

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