Poesia para o inverno…
Sinfonia
Quando a lua a ti não mais brilhar
sua embarcação não mais flutuar
e seus olhos quiserem se fechar...
... eu ainda estarei a te amar.
Quando sua respiração quiser cessar
o sangue em suas veias não mais circular
e sua mente não mais raciocinar...
... eu ainda estarei a te amar.
Quando suas palavras não conseguirem rimar
suas mãos não puderem acariciar
e seus pés o solo não mais pisar...
... eu ainda estarei a te amar.
Quando sua voz não retumbante soar
seu doce sorriso amargo ficar
e a lágrima se recusar a rolar...
... eu ainda estarei a te amar.
Quando seu perfume se perder no ar
seu corpo mostrar a primavera passar
e as costas pelos duros fardos se curvar...
... eu ainda estarei a te amar.
Mesmo que o tempo insista em marcar
em nossas faces o seu desenrolar,
serei para sempre seu par
para uma última valsa contigo dançar.
E quando a indesejada chegar,
pensando que poderá por sobre nós triunfar
o que de ti aprendi, a ela vou mostrar:
Se tanto te quis e contigo sou feliz
Não seria agora que iria deixar
Pois não demorará muito para que eu possa noutro lugar
Suas mãos entre as minhas tomar, e...
... eternamente estar a te amar.
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