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Vivendo e aprendendo…

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EU VI , EU VI VI CAPÍTULO II O perfume do livro Toda criança é, em sua essência, um ser aventureiro. Não importa onde esteja ou qual seja seu estado de espírito, aventurar-se-á no espaço ao seu redor ou ainda mesmo dentro de si. Não existe menino que não tenha sonhado em ser um herói dos quadrinhos ou o desbravador de tantos mares. Na verdade, o que impele os pequenos é uma senhora curiosidade. Ainda imaculada pela inocência da idade, este desejo de conhecer, de saber, de cutucar aquilo que é desconhecido para ter nas pontas dos dedos a reação inesperada, faz com que toda criança experimente algo novo para ela, por mais singelo que seja o ato ou por mais simples que seja o acontecimento. A curiosidade pueril desencadeará sempre ou a frustração do aquém das expectativas ou fatos fenomenais e surpreendentes. Tudo isso dependerá do ponto de vista dos pequenos olhos, e não necessariamente do fato em si. A casa da tia Amélia já era um lugar mais que propício para estimular a curiosidad

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EU VI , EU VI VI Capítulo I Tia Amélia era daquelas senhoras que toda criança tem o prazer de detestar, mas sempre com a obrigação de parecer o contrário. Ela era solteirona, jamais teve marido ou se quer namorado. Dizia ela que seu estado civil era opção pessoal, mas era óbvio, até mesmo para nós crianças, que ninguém aguentaria viver com ela alguns dias que fossem. Seu rosto era todo enrugado e quando vinha abraçar-nos, víamos seus olhos castanhos que sempre ficava detrás dos óculos que pendiam na ponta do nariz. Beijava-nos a ponto de deixar-nos marcados com aquele batom vermelho paixão. Cheirava a naftalina, e não era pouca coisa. Seus casacos de pele, principalmente, impregnavam todo aquele odor estonteante. Como não teve filhos, gostava muito de apertar nossas bochechas, sempre dizendo como estávamos grandes e perguntando por que não íamos a sua casa. Sim, ela perguntava isso, e nós ríamos depois, bem longe dela. Era óbvio o motivo de não irmos até lá: ela era simplesmente a