#JeSuisChalie? E por que ninguém é Baga?
Como tudo o que envolve exposição e mídia nestes tempos de protagonismo instantâneo, de frivolidade e superficialidade sem fim, tornou-se um vírus “bonitinho” a frase “Je suis Charlie”. Com certeza você já viu isso em todos os cantos: placas, camisetas, charges... O problema de tudo isso é que “Eu sou Charlie” virou mais um bordão irrisório, bobo, insignificante. O que significa ser Charlie? Querem homenagear uma revista? Os mortos? Uma ironia inconsciente? O problema é: todos querem ser Charlie sem comprometimento. Querem aparecer na rede social como grandes engajados, mas não ousam lançar uma palavra contra os extremistas islâmicos. Ataque a uma escola nigeriana / AFP Enquanto o mundo volta os olhos para a França, muitos outros territórios são marcados com o sangue de milhares de mortos pelo extremismo islâmico. Enquanto Paris e seu Charlie ganham passeata dos líderes mundiais, os mesmos líderes e o resto do mundo esquecem de Baga na Nigéria: os cartunistas france